quinta-feira, 23 de abril de 2015

É o fim dos jogos cooperativos?


Alguém já teve a impressão que os jogos cooperativos acabaram? Eu sempre tenho esta impressão quando vou procurá-los com tentativas que acabam frustradas. Para minha pessoa parece que, de algum tempo para cá, nada tem sido feito para que as pessoas joguem, no mesmo ambiente.

Sinto falta das máquinas de fliperama em que eu e meus amigos encontrávamos ao desbravar a cidade a procura de novos jogos. Locadoras, botecos e sorveterias que sempre tinham uma máquina de fliperama com algum jogo que a gente não conhecia.



Gostaria de compartilhar hoje a sensação de terminar um jogo com a ajuda de alguém, merecer ver o final de história e dividir o mérito da conquista.

Você pode cooperar com seu amigo do outro lado do planeta, mas no fundo, o foco desta cooperatividade é vencer um adversário, controlado por outros jogadores.

Minha ultima saga em busca de entretenimento cooperativo no mundo dos jogos começou pelo Nintendo DS e foi frustrante, pois ele é um console portátil com uma biblioteca imensa de jogos, deve ter uns 10 títulos cooperativos, a maioria mal feitos, como o modo cooperativo do Castlevania, que tinha tudo pra ser ótimo, mas não era.

Quatro jogos da série Lego, um do Star Wars e um do Nanostray 2 foi o máximo que consegui encontrar com ajuda dos amigos do Fórum NDS Brasil.

Minha vontade de comprar um vídeo game de última geração é latente, mas decepcionei-me demais com o Nintendo 3DS que tem poucos títulos, comparado aos seus antecessores, e por mais que o hype dos meus amigos seja alto, por já estarem competindo com PS4 e Xbox One, meu desejo é a cooperação, sem o compromisso de horas e horas de jogo.

Por sorte comprei um PSP por um preço muito camarada do meu amigo Josué e lembrei o quanto esse vídeo game  é divertido e possui títulos que podem ser considerados clássicos dos portáteis.

Após algumas semanas testando emuladores com outro amigo, uma disputa de KOF 2002 me fez olhar para trás e ver que a solução dos meus problemas estava no passado em jogos retro.

E após alguns minutos fuçando o emuladores CPS1, CPS2 e MVS PSP, decidi que assim que surgisse um outro PSP com preço bom eu iria comprá-lo para poder jogar com qualquer pessoa que fosse me visitar em casa ou que eu fosse visitar.

Meu segundo PSP também comprei do meu amigo Josué. Ele tinha a tela quebrada, mas já havia sido consertado.


Foi no jogo Cadillac and Dinossaurs que eu e a minha esposa Taty,  encontramos a diversão cooperativa. Nos primeiros minutos, após escolher a personagem, Hanna, minha mulher já demonstrava intuitivamente seu talento para o gênero. Mostrou intimidade com metralhadoras, porretes e todo tipo de objeto que pode ser usado em uma briga de rua.  A parte interessante, é que ela me superou na contagem de pontos na maioria das fases e deu o último soco em quase todos os chefões.



Gargalhamos com sua empolgação quebrando a fuça dos inimigos e com a ansiedade para dar mais quatro tiros de bazuca.

Na última fase, já com os dedos doendo de tanta ação, sofremos para vencer o último chefe do jogo e, finalmente, ver o final que para a minha pessoa já não era novidade, pois eu tinha uma máquina de fliperama com esse jogo. No entanto, para a Taty, a sensação de ter terminado um jogo pela primeira vez deve ter sido no mínimo satisfatória. Enquanto jogávamos a TV tagarelava as noticias do Jornal e vimos o quanto vídeo game portátil é útil e econômico.



Tivemos que partir para os jogos retrô, para poder nos divertir, cooperando, para ver o final do jogo. A melhor parte é que existem centenas de títulos para jogarmos de vez em quando. O próximo da lista é Final Fight, velho conhecido da minha esposa ícone de sua frustração com jogos eletrônicos.

E foi assim que dei um tiro de misericórdia na compra de um vídeo game da geração atual. Não precisamos de jogos com imagens maravilhosas para ter diversão, tão pouco suas inovações que de novas pouco se vê. Precisamos da simplicidade e companheirismo dos jogos de outrora, da diversão rápida que te faz jogar o mesmo jogo várias vezes, pelo simples desafio de gastar menos fichas para finalizá-lo ou bater aquele recorde que não cai nunca.

Deixo aqui minha recomendação para os que querem jogar, de vez em quando, com suas esposas, amigas e amigos, jogos antigos que são tão divertidos ou mais que os dessa geração. Olhar para o lado e ver que uma pessoa te ajudou a chegar até aquele ponto. Precisamos de menos competição e mais companheirismo. Mais jogos para cooperar do que para competir.

Concorda?

Um comentário:

Unknown disse...

Um dos melhores jogos da historia, eu jogava todo dia.